Mungunzá

O mungunzá é uma das receitas mais tradicionais da culinária brasileira, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. Com sabor marcante e textura cremosa, ele costuma estar presente em festas juninas, almoços de domingo e reuniões familiares. É um prato que atravessa gerações, carregando cultura e memória afetiva.
Cada colherada traz uma mistura de aconchego e nostalgia. Seu aroma perfumado e seu sabor doce ou salgado remetem a momentos simples e especiais. Seja servido quente ou frio, o mungunzá tem o poder de transformar qualquer ocasião em algo mais acolhedor.
Além de delicioso, é versátil e se adapta bem a diferentes gostos e tradições regionais. O mungunzá não é apenas comida: é parte da história, da identidade e do afeto de muitos brasileiros.
Como fazer Mungunzá

Itens necessários
- Panela de pressão
- Colher de pau ou espátula
- Tigela grande para hidratar a canjica
- Colher para servir
- Recipientes para armazenar o doce
Ingredientes
- 1/2 pacote de canjica branca (cerca de 250g)
- 2 litros de água
- 1 litro de leite integral
- 1 lata de leite condensado
- Pedaços de canela em pau (a gosto)
- 5 cravos-da-índia
- (Opcional) Coco fresco ou ralado a gosto
Tempo de preparo: 1 Hora e 10 Minutos.
Rende: 8 Porções.
Modo de preparo
- Comece lavando bem a canjica branca e, em seguida, coloque-a de molho em uma tigela com bastante água por cerca de 2 horas. Esse passo é importante para que os grãos fiquem mais macios e cozinhem mais rápido.
- Depois do molho, escorra a água e transfira a canjica para uma panela de pressão. Adicione os 2 litros de água e leve ao fogo alto. Quando a panela começar a chiar, abaixe o fogo e deixe cozinhar por aproximadamente 1 hora.
- Após esse tempo, desligue o fogo com cuidado e espere a pressão sair completamente antes de abrir a panela. Verifique se os grãos estão bem cozidos, macios ao toque. Se ainda estiverem firmes, cozinhe por mais alguns minutos até que fiquem no ponto.
- Com a canjica já cozida, adicione o leite, o leite condensado, os pedaços de canela em pau e os cravos. Misture tudo e volte a panela ao fogo, agora sem pressão. Deixe cozinhar por mais 10 a 15 minutos em fogo médio, mexendo de vez em quando para não grudar.
- Se quiser, nesse momento, acrescente pedacinhos de coco fresco ou coco ralado para dar um sabor ainda mais especial.
- Quando estiver bem cremoso e perfumado, desligue o fogo. O mungunzá pode ser servido quentinho ou levado à geladeira para ser saboreado gelado – fica maravilhoso de qualquer forma.
Dicas
- Molho prolongado: Se tiver tempo, deixe a canjica de molho por mais de 4 horas ou até mesmo durante a noite. Isso reduz ainda mais o tempo de cozimento.
- Açúcar extra? Com o leite condensado a receita já fica bem doce. Se preferir menos doce, use meia lata de leite condensado e complete com leite comum.
- Cremoso por mais tempo: Ao esfriar, o mungunzá tende a engrossar. Se for guardar para o dia seguinte, adicione um pouco de leite ao reaquecer para manter a cremosidade.
- Coco fresco: O uso do coco dá mais textura e realça o sabor tropical da receita. Pode ser substituído por coco em flocos sem açúcar ou leite de coco.
Variações da Receita
- Com amendoim: Em algumas regiões, é comum adicionar amendoim torrado e triturado ao mungunzá.
- Com leite de coco: Para uma versão mais intensa e aromática, substitua parte do leite por leite de coco.
- Versão vegana: Utilize leite vegetal (como o de coco ou amêndoas) e leite condensado vegano para uma versão sem ingredientes de origem animal.
- Mungunzá salgado: Embora menos comum em algumas regiões, o mungunzá salgado feito com carnes e temperos é uma iguaria à parte no Nordeste.
Como armazenar sobras
Se sobrar mungunzá (o que pode ser difícil!), você pode armazená-lo da seguinte forma:
- Na geladeira: Guarde em um recipiente fechado por até 4 dias. Na hora de consumir, aqueça no micro-ondas ou na panela, adicionando um pouco de leite se estiver muito grosso.
- No congelador: O mungunzá pode ser congelado por até 2 meses. Para descongelar, leve à geladeira de um dia para o outro e depois aqueça no fogão com um pouco de leite.
Sugestões de Acompanhamentos
- Bebidas: Café coado, chá de erva-doce ou chocolate quente harmonizam muito bem com o sabor doce e especiado do mungunzá.
- Complementos: Sirva com uma fatia de bolo de fubá, pão de queijo ou biscoito caseiro para uma merenda completa e cheia de sabor.
- Toque final: Polvilhe um pouco de canela em pó por cima ao servir, para realçar o aroma.
Qual a diferença entre canjica e mungunzá?
A diferença entre canjica e mungunzá depende muito da região do Brasil. No Sudeste, por exemplo, o doce feito com milho branco cozido no leite, açúcar, canela e leite condensado é chamado de canjica. Já no Norte e no Nordeste, essa mesma receita é conhecida como mungunzá doce. O sabor é praticamente o mesmo, o que muda mesmo é o nome. Em algumas regiões, o grão branco usado na receita também recebe o nome de canjica.
No Nordeste, além da versão doce, o mungunzá pode ser feito salgado, com milho amarelo, carne seca e linguiça. É um prato mais encorpado, servido como refeição. Por isso, quando alguém fala “mungunzá”, é sempre bom saber de qual parte do Brasil ela vem. A receita em si continua deliciosa e muito presente nas festas juninas, seja doce ou salgada, com qualquer nome.
Qual o melhor milho de mungunzá?
O tipo de milho ideal para preparar mungunzá vai depender do jeito que você quer fazer a receita — doce ou salgada. Para o mungunzá doce, o mais indicado é o milho branco, também conhecido como canjica branca. Ele é macio, arredondado e fica bem cremoso depois de cozido, combinando perfeitamente com leite, leite condensado, cravo e canela. Na hora de escolher, prefira grãos claros, inteiros e sem manchas escuras, pois isso garante melhor qualidade e sabor.
Já para quem prefere a versão salgada, muito comum no Nordeste, o milho amarelo é o mais usado. Ele tem uma textura mais firme e casa muito bem com carnes como charque, calabresa ou costelinha. Esse tipo de milho costuma ser mais duro, então é bom deixá-lo de molho por várias horas antes de cozinhar. Cada versão tem seu charme, mas o segredo está mesmo em escolher um milho bem cuidado e adequado para o tipo de mungunzá que você deseja fazer.
Quais os benefícios do mungunzá?
O mungunzá, além de delicioso, pode trazer alguns benefícios interessantes para a saúde, principalmente quando preparado com ingredientes frescos e consumido com equilíbrio. Por ser feito com milho, ele é uma boa fonte de energia, já que contém carboidratos que ajudam a manter o corpo ativo ao longo do dia. Na versão doce, o leite e o leite condensado oferecem cálcio e proteínas, enquanto na salgada, carnes como charque ou costelinha também contribuem com ferro e outros nutrientes importantes.
Outro ponto positivo é o conforto que esse prato proporciona. Muitas pessoas associam o mungunzá a momentos de infância, festas juninas e receitas de família, o que traz uma sensação boa de acolhimento. E o melhor: ele pode ser adaptado para quem tem restrições alimentares, como usar leite vegetal ou menos açúcar. Quando feito em casa e com carinho, pode até ser incluído em uma alimentação equilibrada, sem culpa.
Conclusão
O mungunzá é uma daquelas receitas que aquecem o coração e despertam lembranças afetivas com cada colherada. Com sua textura cremosa e sabor marcante, é perfeito para momentos em família ou para aproveitar um tempo só seu com conforto e doçura. Simples de preparar, ele traz o melhor da culinária tradicional brasileira, unindo praticidade e sabor em uma combinação que agrada a todas as idades. Os aromas de cravo e canela perfumam a casa e tornam a experiência ainda mais especial.
Além disso, é uma receita versátil, podendo ser servida quente ou fria, com ou sem coco. Ideal para festas juninas, dias frios ou como sobremesa. E o melhor: rende bastante e pode ser armazenado por vários dias. Vale a pena experimentar e incluir essa delícia no seu caderno de receitas!